estômago veículo
desprezo ao tentar descrever o amor,
por isso a agressividade,
a necessidade do sangue,
da atrocidade.
Enquanto você morre nos meus braços,
eu como tua carne chorando,
sinto suas viceras preenchendo o meu vazio e a minha fome matando.
Seus ossos debaixo do travesseiro,
seus fios de cabelo na carteira,
e suas unhas coladas por cima das minhas.
Eu não queria te comer, não assim,
mas o o cheiro do sangue me aguça,
não vou contra meu extinto,
daqueles que destrói o que toca.
Desprezível,
desprezada,
sinto minha alma tao pesada,
mas nunca me senti culpada.
Ja nao tinha mais nada para entregar,
então foram ossos e tudo.