Carta aberta.
Como sua percepção disso consegue ser sempre tão obsoleta?
Atirou contra meu peito,
apesar do medo, a defesa,
consciente o suficiente para entender o quão indecente pude parecer.
Sem amor começa, sem amor acaba.
Furou como agulha em um chão peneirado.
Não se gruda na panela anti- aderente, mas ao passar a faca a panela se dá como riscada. Nesse momento a panela não se protege mais como deveria.
Na sua vez, não fui panela.
Uma alma em ruínas, que agora se alegra pelo raso tempo sem o suicídio,
é a porta de entrada para o coração livre de ressentimentos.
Apesar da incongruência,
a fatalidade já se deu,
não chore nem me culpe,
apenas assuma e não diga que o errado só fui eu.