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não quero lembrar amanhã.

do beijo latejando,

da pele corando,

do rosto esquentando.

não quero sentir a destreza das palavras fatiando meu dia,

cepa eu só queria ficar sozinha,

sem esse amor romântico que parece tomar todo o ar que pude zelar.

Essa capa não me protege da chuva,

molhou minhas mangas e agora eu tô confusa,

sem camisa, deixei até a blusa.

O silêncio me garante a segurança,

aquilo que faltou quando eu era criança,

o que depois se tornou insegurança.

você não garante nada além de apego,

talvez o raso do desapego,

pedindo aquilo que não pude dar me pego,

se trata da alma inflamada que choca quando encontra o ego.